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11 de dezembro de 2006

 

Terceira ao rubro com desporto!

Este foi mais um fim-de-semana repleto de motivos desportivos para sair de casa e passar uma bela tarde ou início de noite a assistir a uma ou várias actividades registadas e realizadas na nossa ilha Terceira.
Com especial destaque para o derby terceirense em futebol na Praia da Vitória aos espectáculos ocorrentes na já denominada Catedral do Basquetebol sem nunca esquecer o futsal e o S.C. Lusitânia (SCL) que continua na boa onda de resultados. (Quem diz que o subsídio foi mal gasto?)
Em simultâneo, não devemos deixar de referenciar as prestações das nossas equipas terceirenses além portas, como neste fim-de-semana em que a Selecção de futebol de Sub-18 da Associação de Futebol de Angra do Heroísmo, que engloba além da Terceira, as ilhas de S. Jorge e Graciosa, arrecadou um excelente quarto lugar no Torneio Inter-Associações de sub-18. Quanto à AJFB, dois desaires na "pérola do atlântico" enquanto que o GDCS do Juncal não permitiu qualquer veleidade na dupla jornada realizada no continente.
Evidenciando os jogos a que assisti, Lusitânia APM realizou uma pobre primeira parte ante um Queluz muito eficaz atrás da linha de 3 pontos. Nós sofremos regularmente muitos pontos de fora. porque motivo não se tem mais cuidado com isto? É prefirível sofrer 2 do que 3 pontos. (É claro que os cépticos gozariam comigo pois seria melhor não sofrer nenhum. Verdade, verdadinha!)
Mas rapidamente viria o "come back" lusitanista fruto de uma maior velocidade na transposição defesa/ataque por arte do base João Figueiredo, bem como do acerto nos lançamentos ao cesto de Graham Brown, que a perder por 14, passaria em poucos minutos a liderar o jogo por 5.
Mas na recta final, Molinero voltou a demonstrar alguma falta de craquejo nas decisões que decidiriam, possivelmente, o jogo a nosso favor.
Chegando ao último minuto da partida e com tão poucas faltas, a lei da sobrevivência manda fazer fazer faltas. Isso mantém a equipa adversária longe do cesto pois o Lusitânia ainda só tinha cometido 3 faltas. Assim não entendeu Molinero e o Queluz com a craqueirice de Carlos Seixas conseguiu anular a vantagem final da equipa da casa.
Apesar de a derrota se dever à má gestão dos minutos finais por parte do Lusitânia APM, a prestação dos árbitros nos últimos instantes deixou muito a desejar. A falta defensiva de Jaime Silva que deveria ser falta atacante de Carlos Seixas e a quinta falta de Willie Taylor foram o destaque, pela negativa, da tripla de arbitragem. Nota ainda para a mesa que não parou o tempo quando o Lusitânia APM efectoou o último cesto da primeira parte fazendo com que impossibilitasse o rápido contra-ataque que se verificava após perda prematura da bola pelo Queluz.
Quanto à primeira parte do SCL, uma vez que me desloquei à Praia da Vitória para assistir à segunda parte do derby mais impolgante da Série Açores deste fim-de-semana, posso descrever a actuação caseira como "sem espinhas", com pouco a dizer excepto realçar as prestações do Veredas e de Luís Claúdio. Excelente aquisição para o centro do campo lusitanista.
Agora, o derby, esse sim, tem muito a dizer sobre a segunda parte. Chegando ao reduto municipal praiense, deparei com um resultado de 1-1. Uma grande penalidade a favor do SC Angrense e um canto directo provocaram as aletrações no marcador no primeiro tempo. Com a segunda metade do jogo a decorrer os pupilos de João Eduardo eram constantemente maltratados sem que o juiz da partida se desse ao trabalho de as sancionar, pelo menos algumas pois outras poderiam ser tentativas de iludir a tripla de arbitragem. Não quero com isto justificar as expulsões de Vitória nem de Silveira. Palavras ofensivas proferidas à arbitragem devem ser sempre sancionadas. Mesmo que o atleta ou membro da equipa técnica tenha razão, nada justifica baixar o nível da linguagem utilizando palavrões que nem existem nos dicionários de português para chamar a atenção da equipa de arbitragem.
Foi triste a atitude em campo do árbitro, que mostrou um ar carrancudo e de mau-humor, embora esta atitude não se revelasse no controlo do jogo. Provavelmente o ar severo deve-se à saida realizada durante a noite anterior, que a altas horas da madrugada, ainda o Senhor Árbitro do derby se encontrava num bar praiense. Mas isto são outras histórias.
Espero, contudo, que seja grande a capacidade de assimilação para que as aspirações da equipa praiense não sejam definitivamente postas de lado com esta derrota e espero que o angrense não sinta muito a falta destes dois atletas que estupidamente foram expulsos no derby terceirense.
Com 4 pontos de vantagem sobre o segundo classificado, União Micaelense, e 8 pontos sobre o quinto, Santiago, a equipa da cidade património mundial tem todas motivos para se deslocar ao Faial com uma atitude serena para que não se repitam as sanções disciplinares registadas neste fim-de-semana. A não esquecer que Magina demonstrou muita vontade e entrega ao jogo mas ainda não se encontra totalmente recuperado da lesão contraída no estágio da selecção nacional.
Antes de findar este "post", quero ainda referir os resultados atingidos pela secção de sub-18 da AFAH que classificou-se em quarto lugar no Torneio Inter-Associações, perdendo a luta pelo terceiro lugar frente à equipa de Lisboa, por 2-1. Esta luta foi conseguida através dos resultados na fase de grupos em que a selecção da AFAH defrontou as equipas das Associações do Algarve(1-0), de Portalegre(1-1) e da Madeira(0-3), conseguindo um precioso segundo lugar.
Realce ainda para a dupla vitória na dupla jornada realizada no continente do Clube Juvenil de Boa Viagem(CJBV), na Liga Feminina de Basquetebol ante o Académico(42-78) e o CPN(60-69). Este foi sem dúvida um grande estímulo para o CJBV a poucos dias de defrontar o CAB Madeira para a Super Taça Nacional.
O mesmo resultado obteve o GDCSJ face às deslocações aos redutos dos Catedráticos(2-4) e do SL Benfica(1-4) mantendo a sua supremacia na Segunda Divisão de Ténis de Mesa - Zona Sul. O GDCSJ já realizou onze partidas somando só vitórias.
Quanto à AJFB, a deslocação à Madeira não resultou em vitórias frente ao Marítimo da Madeira(3-2) nem ao Machico, perdendo novamente por 3-2. Esperemos que sejam vingadas estas derrotas já no próximo fim-de-semana, uma vez que estas equipas voltam a encontrar-se, desta vez na Praia da Vitória, dando início à segunda volta da fase regular do Campeonato Nacional A1 de Masculinos.
Farei por estar no pavilhão a torcer pela nossa equipa.

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