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31 de janeiro de 2007

 

Ping aqui, Pong ali!

Este interregno involuntário devido a uma deslocação a Portugal continental impossibilitou-me de actualizar o "blog" com a regularidade que pretendia durante este fim-de-semana. Ausente da ilha desde sexta-feira passada, foi-me, de todo, impossível acompanhar os eventos desportivos que decorreram na ilha Terceira.
Especial destaque, sem dúvida, para o regresso a casa dos vencedores da Taça da Liga com um jogo frente ao Belenenses, equipa que detém a pior defesa e melhor ataque da LCB. Aguardando-se uma enchente, o Diário Insular diz que a bancada lateral estava quase cheia. Alguns podem pensar: "nada mau...", eu digo, "só?"... Pelas prestações que o Lusitânia APM nos tem brindado em casa penso que uma bancada lateral quase cheia devia ser a média de assistência dos jogos. Para saudar a equipa depois de um feito tão grandioso, todas as bancadas deviam estar quase cheias. Mas pronto, a velha rivalidade que demarca toda uma cidade dividida em grande parte entre angrenses e lusitanistas faz com que num meio tão pequeno, raramente, se consiga uma enchente digna desse nome.
Mas gostaria de receber opiniões sobre o que realmente se passou no Pavilhão Municipal!
Mas a notícia que marca o meu regresso aqui ao "blog" é o triste desenrolar de situações caricatas no ténis de mesa regional e a "guerra" entre Grupo Desportivo de S. Roque Toledos da ilha do Pico e o GDCS do Juncal. Ambas estas equipas participam no Campeonato Nacional da Segunda Divisão - Zona Sul de Ténis de Mesa. A expressão "ganhar a todo custo" emprega-se na perfeição nesta situação e estou totalmente contra.
O facto de ter sido a equipa terceirense, a prejudicada, em nada interfere com a minha opinião. Esta é uma nova forma de ludibriar a legislação para atingir metas que seriam incansáveis caso a idoniedade prevalecesse.
Ao que consta, na época anterior, o GDCSJ tentou jogar com um "atleta nacional", o que foi negado pela entidade organizadora de então, a Associação de Ténis de Mesa da ilha do Pico(ATMIP). Agora este ano foi a vez do GDSRT tentar jogar com um atleta estrangeiro e tal foi permitido. Condeno o facto de o GDCSJ ter tentado, tal como condeno o facto de a ATMIP usar a seu favor a repreensão aquando da cimeira da modalidade por ter negado a participação do atleta nacional do GDCJS.
Começa aqui a nova luta legislativa sobre o desporto regional. Espero que seja, pois o Director Regional do Desporto(DRD) já se descolou da situação afirmando ser uma questão de regulamentos da competição federada e que a participação deste não foi patrocinada pelo Governo Regional uma vez que pertencia à equipa da casa, não tendo, com isto, qualquer custo para a DRD. O GDSRT aproveitou, não só o factor casa no sentido de ter a sua massa associativa e simpatizantes a apoiarem-nos, como também o facto de ter a oportunidade "legal" de ter na equipa um atleta estrangeiro, que, caso o GDCSJ pretendesse participar nos mesmos moldes, não obteria qualquer apoio. O choque legislativo provocou uma situação de vantagem para a equipa da casa. O DRD irá patrocinar numa participação no campeonato nacional de juniores uma equipa que se apresentará, à partida, desfalcada porque não terá qualquer apoio para deslocação caso este atleta participe. Será justo?
Penso que a ideologia por trás destes apoios ao desporto seja de patrocinar as pessoas açoreanas a praticar desporto de forma a que os efeitos secundários provoquem uma redução nas necessidades médicas, uma vez que foram indivíduos activos e com um estílo de vida saudável.
Ora, patrocinar um estrangeiro, que está cá só porque lhe foi proposto um contrato e dinheiro para jogar, não está de acordo com a ideologia! Penso que deveria estar legislada a participação de atletas estrangeiros nos escalões de formação. Uma coisa será um atleta, filho de emigrantes portugueses, e que ainda não tenha obtido a sua cidadania, outra coisa é um atleta estrangeiro contratado para essa mesma competição.
O mesmo acontece nos rallies. A integração do atleta continental Fernando Peres, que com uma grande máquina aliada à sua capacidade desportiva, fá-lo arrecadar para si os patrocínios que deveriam ser para quem fosse da região. Apesar de serem apoios completamente distintos, a ideologia deveria ser a mesma! Apoiar os açoreanos. Levá-los a outros níveis de competição para que possamos desenvolver as modalidades.
Isto não é evoluir! Isto é dar a volta à questão! Exatamente o que se passa em todas as modalidades. A falta de atenção na formação de atletas. Mas este assunto é pano para outra manga.
O fundo da questão é a descoberta de nova gralha na legislação regional de fomento do desporto e que alguém estará a beneficiar disso. É necessário corrigir a lei à medida que se vão descobrindo essas mesmas gralhas, ou seja, reduzir as omissões na legislação.
Concordo que seja interdito qualquer apoio a quem, em competições regionais e escalões de formação, tenha atletas de outra nacionalidade ou até mesmo, de fora da Região Autónoma dos Açores, claro que com algumas excepções, como os filhos de emigrantes de naturalidade regional.
Mas continuamos com o caso do ténis de mesa e sugiro o seguinte panorama futuro. Imagine-se que este clube do Pico consegue fundos para suportar a deslocação deste atleta estrangeiro para ingressar na equipa que a representará no Campeonato Nacional de Juniores (desconheço o real nome da competição, por isso, considerem este como apenas um nome sugestivo à actividade competitiva). Este atleta, sendo acima da média neste escalão, consegue levar este clube a uma excelente classificação! E quando digo excelente, refiro-me aos três primeiros lugares. Com esta classificação, o clube obterá certamente um apoio extra, o que dá perfeitamente para suportar as despesas com a deslocação deste atleta estrangeiro.
Isto é tapar o sol com uma peneira! O desenvolvimento do desporto regional não deve passar por aí e a DRD esta aí para arbitrar todas estas situações de omissão na legislação regional para o fomento ao desporto.

Comentários:
Mais grave é ter uma equipa de açorianos, nascidos e criados nos Açores, mas que por não terem prática de formação (anterior aos 18 anos) da mesma modalidade durante pelo menos 4 anos, não serem considerados "formados na Região" para efeitos dos apoios.
Ou por terem interrompido a sua prática para irem estudar ao continente, também poderem perder o direito a serem considerados "atletas formados na Região".
Por outro lado, concordo plenamente que a legislação tem que ser revista no que diz respeito à formação, porque com os fenómenos de estrangeiros a trabalharem nos Açores cada vez mais vai acontecer os filhos destes estrangeiros quererem integrar as equipas desportivas. E aí o que devem fazer os clubes?
Não aceitar, porque se o fizerem perdem direito a todos os apoios?
E a integração destes estrangeiros na nossa sociedade fica onde?
Concordo com o princípio que não podemos ter atletas contratados para a formação, mas temos que ter atenção aos casos e analisá-los.
Mas também não é para isto que a Direcção Regional de Desporto existe e tem tantos técnicos ao seu serviço?
Quanto ao cenário que apresentas, acho que neste caso a equipa também fica sem direito ao prémio de classificação, mas não tenho a certeza.
 
Mas quem disse que o jovem Chinês (não se esqueçam que se fala de juniores...)é jogador PROFISSIONAL de Ténis de Mesa??????
Xenofobia? Não obrigado!!!! Falar sem saber??? Não Obrigado!!!! Regresso aos tempos da URSS em quem mandava no desporto era o governo???? não obrigado!!!!!
 
Já agora alguém sabe quantos estrangeiros profissionais tem o Juincal??? Lá por serem treinadores já não há problema??? Ou o problema é que neste caso perderam???? Alguém que ajude na discussão!!!!
 
Convém,nas diferentes discussões, não misturar alhos com bugalhos. Assim, tentando esclarecer o excitado anónimo, o atleta em causa, sendo estrangeiro (não comunitário) só pode trabalhar no nosso país com um contrato de trabalho específico e devidamente autenticado. No caso em apreço, o atleta tem um contrato de trabalho profissional com a Associação do Pico que, por sua vez, verbalmente, o autorizou a jogar nos Toledos.
Quanto ao resto fale quem saiba...
 
Caro Anónimo,
Xenofobia?
Ninguém se refere ao atleta de uma forma racista, nem é criticado por ser desta ou daquela raça! Há sim, referência ao facto de ele ser estrangeiro.
Quem disse que era jogador profissional? Mas meu caro, você quer enganar quem? Só por não estar registado nas finanças, nem ter contrato de trabalho para exercer as funções de atleta profissional, não quer dizer que não o seja. Só por isto, até gostaria de saber realmente as funções exercidas por este atleta, desculpa, funcionário na Associação do Pico. Este atleta deslocou-se propositadamente à ilha do Pico para fazer o que está a fazer. Ele, tal como o treinador, não estavam já na ilha a trabalhar, nem seriam donos de nenhuma "Loja dos Chineses", tanto quanto sei.
Não queira atirar areia para os olhos das outras pessoas. Nesta escola, já eu andei e agora sou professor.
Eu também não concordo com o excesso de estrangeiros na equipa do GDCS Juncal e provo-o com o "post" do passado dia 5 de Dezembro entitulado "Grande prestação do GDCS do Juncal! Assim, até eu!". Tanto quanto sei, são dois atletas e um treinador, os estrangeiros no clube terceirense. Mas estes participam na competição nacional, não nos campeonatos regionais de escalões de formação. Não tarda nada, estamos a ver os clubes a contratarem atletas estrangeiros para os infantis.
Bem me lembro da discussão que havia aquando das primeiras contratações de atletas não açoreanos no futebol senior regional! Agora que se tornou banal neste escalão, começam a surgir nos escalões de formação.
Mas não é preciso ir tão longe. O Lusitânia APM, em épocas recentes, trazia atletas jovens para as suas equipas devido às exigências da competição!
Por isso, caro anónimo, não acuse sem primeiro saber do que diz. A questão agora não é a do bairrismo como temos discutido em "posts" anteriores, e diga-se, com debates interessantes. A questão aqui é a ultrapassagem das dificuldades com uma medida não resulta a longo, nem a médio prazo. Os apoios devem ser concedidos para benefício dos açoreanos e não de quem vem cá receber e depois gastá-lo fora da região!
 
So uma correcção o Atleta Nacional que foi impedido de jogar na época anterior era dos Toledos e não do Juncal. Que na sua formação só tem atletas que se inicaram no clube e não atletas profissionais que assim adulteraram a verdade desportiva.
 
Mea Culpa!
Caro Anónimo, agradeço a correcção. Li a reportagem a correr e entendi mal, fazendo com que tenha interpretado mal o texto. Então as críticas que enderecei ao GDCSJ sobre este atleta passam a dirigir-se ao GDSRT.
Mais uma vez, muito obrigado.
 
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