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16 de janeiro de 2007

 

Terceirenses fatalistas!

Analisando os jornais e os comentários deixados por todos os visitantes deste "blog" constato que os terceirenses adoram tragédia.
Todos os comentários deixam uma imagem negra sobre as situações que decorrem de uma forma menos positiva. Ninguém felicita nem elogia o que, ou quem está bem! Nunca ouvi falar da boa prestação do SCAngrense na Série Açores em entrevistas extra-resultados de fim-de-semana. Quando o SCLusitânia estava nos lugares da despromoção, apenas se ouviam críticas ao Presidente do Clube. Agora que subiu ao 7.º posto, nada, nem um ligeiro comentário sobre as exibições. Somente resultados.
Nesta época, a AJFB, ou as pessoas que representam/representavam o clube, já teve pelo menos três entrevistas exclusivas ao Diário Insular. Quanto ao Lusitânia APM, excepto a reportagem dos jogos, nem se ouve falar.
Qual será o motivo de todo este descrédito? É mais fácil criticar do que elogiar? Esta semana, no jornal "A União" informou o resultado da AJFB como se fosse um anúncio publicitário. Não houve qualquer interesse por parte da comunidade jornalistica em fazer uma reportagem, por mais pequena que fosse, sobre a vitória do Terceira Basket frente ao SLBenfica B. Pouco se ouve falar do GDCS do Juncal que continua invicto na luta pelo ceptro nacional da 2.ª Divisão - Zona Sul. Excepto os resultados, pouco se escreveu sobre a prestação da equipa de Juniores B do Lajense que se sagrou campeã da Associação de Futebol de Angra do Heroísmo desse escalão indo disputar brevemente o regional com os campeões das restantes associações de futebol dos Açores.
Por diversas vezes notei, e na grande maioria das vezes benzi-me devido às gralhas gramaticais e de sintaxe nos jornais terceirenses. Penso que estes jornalistas, a grande maioria, deveriam voltar à escola para que aprendam a escrever e a falar bom português. Ou então que passem mais tempo a estudar, a serem auto-didactas, e a assistir ao programa "Cuidado com a língua" às Sextas-feiras depois do telejornal na RTP-1. Eu aprendo muito e acredito que alguns aprenderiam muito mais que eu.
Diversas vezes publiquei "posts" informando de excelentes pretações das mais variadas equipas e modalidades e apenas os referentes aos resultados menos felizes da AJFB têm "feedback".
Penso que é importante elogiar também um pouco.
Atletas que atingiram pódios em competições de âmbito nacional, atletas que participam nos trabalhos das mais diversas selecções nacionais. Equipas que realizam determinadas surpresas inesperadas por serem consideradas como bem mais fracas que os opositores. Tudo isso merece destaque.
Não acham?

Comentários:
Meu caro Mic Mic (ou seja lá o que for)

Este é o meu primeiro comentário neste blog, embora, de vez em quando, me dê ao trabalho de ler alguns dos textos nele inseridos, principalmente pela curiosidade que tenho por alguns comentários.
Sobre este texto (Terceirenses fatalistas!), convenhamos que é, de facto, uma fatalidade. Quando as coisas correm mal, manda a tradição que os comentários apareçam em maior número. É assim que acontece... e pronto. Nada a fazer. É este o grande segredo do desporto, seja ele qual for: a emoção de um adepto que, perante os momentos menos bons do seu clube, reage com o coração ao pé da boca. Os treinadores de futebol sabem bem o que isso é quando os lenços brancos aparecem.
Mas o meu comentário vem a propósito das suas afirmações sobre os jornais terceirenses, se bem que o jornal A União não apresente página desportiva com a regularidade de outros tempos. Penso que são completamente despropositadas e revelam uma tremenda ignorância sobre a imprensa desportiva terceirense (imperdoável, para quem tem um blog deste tipo).
Em primeiro lugar, para escrever tais considerações, era necessário que soubesse que, à excepção da RTP-Açores, todos os jonalistas desportivos desta ilha são amadores. Como tal, as "gralhas gramaticais e de sintaxe" de que se benzeu são, obviamente, mais susceptíveis de acontecer. Penso que é uma afirmação demasiado empolada. Não se esqueça que os seus textos também são lidos por quem sabe escrever e por vezes...
Por outro lado, os jornais não servem para elogiar este ou aquele atleta, este ou aquele clube, ou qualquer feito que determinada equipa tenha alcançado em qualquer competição. Os jornais servem para informar. No Diário Insular, por exemplo, inserem-se INFORMAÇÕES de todas as modalidades, em todos os escalões, com crónicas semanais dos principais jogos, sempre atendendo às limitações de uma equipa de "jornalistas" composta unicamente por amadores. Nessas crónicas - que, numa visão muito superficial, não passam de artigos de opinião, pois transmitem a opinião do repórter destacado para determinado encontro - são enaltecidos os bons resultados e as boas prestações, enquanto que as campanhas menos positivas, como a da AJFB, não podem, obviamente, ser escamoteadas, limitando-se o repórter a inumerar, na sua opinião, as razões para o insucesso. Isto, claro, no que concerne a crónicas, pois nos artigos meramente jornalísticos, cabe aos orgãos de comunicação social informar. Elogiar e criticar é função dos leitores e dos adeptos.
Os jornais servem para isso, meu caro. INFORMAR. E o DI informa sobre todos os "atletas que atingiram pódios em competições de âmbito nacional, atletas que participam nos trabalhos das mais diversas selecções nacionais. Equipas que realizam determinadas surpresas inesperadas por serem consideradas como bem mais fracas que os opositores". Ou seja, "tudo o que merece destaque".
Não podemos misturar informação com opinião, pois são duas coisas completamente diferentes. Pelo que escreveu, das duas uma: ou não lê os nossos jornais, ou então está completamente por fora da realidade destes, principalmente no que às secções desportivas diz respeito. Parece-me que esta última hipótese é a mais plausível.

Já agora, chamo-me Luís Almeida e não uso nenhum nick-name. Convenhamos que é bem mais fácil escrever quando não se dá a cara. Pode-se dizer tudo que nos passa pela cabeça...
 
Caro Luís Almeida,
Em primeiro lugar quero agradecer o facto de se dar "ao trabalho de ler alguns dos textos" do "blog" "Desporto na Terceira". Mas que fique claro que não torturo ninguém para que veja o "blog" nem obrigo a vê-lo. Pode deixar de o fazer quando assim o entender! Até hoje, recebi diversas críticas e elogios sobre o que escrevo, mas nunca me disseram que era um martírio ler o que escrevo.
E passo a analisar o seu comentário dizendo o seguinte:
- Já são muitos, os anos que leio assiduamente o Diário Insular e ocasionalmente o jornal "A União". Quando os critico, faço-o com fundamento, ou seja, o próprio jornal.
- Quando diz que "todos os jonalistas desportivos desta ilha são amadores", quer dizer que nenhum deles é formado em jornalismo ou que nenhum deles é remunerado pelas reportagens? Qualquer uma delas é grave. Se não são formados em jornalismo, então estamos muito mal servidos por quem gere estes matutinos, pois qualquer assinante destes jornais paga para ter informação de alguma qualidade, senão mesmo, DE qualidade. E no desemprego, existem muitos jornalistas, o que duvido que seja uma mais valia pois raros são os licenciados que têm qualidade na escrita. E se o caso fôr o de não serem remunerados, então esta é mais uma prova de que os jornais querem fazer mais por menos.
- Eu, por diversas vezes, reconheci aqui que falho. Quer na transmissão de informação e é claro que acontece a errar e a faltar ao "bom português". Mas não o faço intencionalmente, nem acredito que os jornalistas o façam. E como o disse anteriormente sobre outro ponto: "e pronto. Nada a fazer." Há pois! Há muito a fazer. E uma das coisas que faço, é ler regularmente todos os "posts" que escrevi até hoje! E sempre que encontro um erro, corrijo-o. Só não o faço nos comentários porque não me é permitido. Quem me dera não errar. Quanto aos jornalistas, basta ver os diversos comentários deixados pelos assinantes, por exemplo, do Diário Insular online, e notar que não sou o único a criticar isso!
- Não considero os jornalistas uns "trolhas". Longe disso! Tenho respeito por quem são, pois, por viver em sociedade, conheço alguns deles. E os poucos que conheço, são licenciados ou com frequência universitária, logo, pessoas com estudo mais que suficiente para não redigir textos para um jornal, e não só, sem que os corrija como lhes deveria ser exigido devido à exposição a que serão sujeitos. Até fica aqui uma chamadinha de atenção para quem dá a última palavra sobre a edição das notícias. Deve-se ter muita atenção ao que se escreve e principalmente, ao que falta escrever.
- Para elogiar e/ou criticar, basta adjectivar. E isso, meu caro, é constante na Comunicação Social. É assim que vendem o seu produto.
- Por que motivo pretende explicar a separação dos alhos dos bogalhos quando a justifica misturando esses mesmos bogalhos com os alhos? Confuso? Também eu fiquei ao ler que "não podemos misturar informação com opinião" quando pouco antes me tinha dito que "essas crónicas - que, numa visão muito superficial, não passam de artigos de opinião, pois transmitem a opinião do repórter destacado para determinado encontro". Em que ficamos? Raramente se encontra um artigo meramente informativo. Um jornalista, ou alguém que faz esse trabalho, tende sempre a meter um "dedinho" da sua opinião sobre um assunto, e não se passa só no desporto. Informação geral é resultado do particular ponto de vista do jornalista que transmite a informação. E qualquer professor universitário lhe diria que não deve ser assim, mas que é a realidade jornalística actual. Basta ler, ouvir ou ver as transmissões informativas dos mais diversos canais noticiosos disponíveis para o comprovar.
- Os únicos "artigos meramente jornalísticos" são as grelhas classificativas onde antes tem os resultados da jornada e depois tem a próxima jornada a realizar-se. Isto, se retirarmos os títulos que normalmente acompanha essas mesmas grelhas. E poucos mais há...
- E por fim, na penúltima frase antes de se identificar, quando diz que "pelo que escreveu, das duas uma", uma justificação não invalida a outra, aliás, uma justifica-se pela outra. Só estarei "completamente por fora da realidade destes" se não ler os jornais e se não ler os jornais, eu fico "completamente por fora da realidade destes".
Fico muito grato por ter sido frontal comigo a aprecio o facto de se ter identificado como Luís Almeida. Por acaso conheço alguns Luíses Almeidas, mas não se sinta forçado a explicar quem é pois como alguém sabiamente disse: "Nunca se sinta na necessidade de se justificar (ou nesse caso específico, se identificar): os seus amigos não o exigem e os seus inimigos não acreditarão em si!"
Eu tenho as minhas razões para, por enquanto, não me identificar perante o público em geral. Os meus amigos não mo exigem, e alguns sabem quem sou, e quanto aos meus inimigos, se os tenho, não me preocupam.

P.S.- Nunca pensei que uns textozitos fossem mexer com tanta gente. Mas ainda bem. É sinal que alguém se sente incomodado com o que digo. E só espero que a reacções desses sejam idênticas: provar-me errado com os resultados do seu trabalho ou então admitir que algo está mal e que garantam, pelo menos quem tem esse poder, a transposição desse mal.

Um Bem Haja para si, caro Luís Almeida e espero que deixe de ser um trabalho, mas sim um gozo, uma diversão, ler este "blog" sobre o Desporto na Terceira!
 
Parabens Mic Mic, voce é um homem sensato,de certeza, muito bem dito,muito bem analizado. Por isso gosto de ler esse blog....

Fico na torcida,para voce continuar assim, e que as pessoas com o passar do tempo venha debater,e desses debates que mudem alguma coisa no desporto,na politica...

Estas de PARABÉNS.....
Abraços Roberto P.
 
Caro Mic Mic

Apenas 5 reparos e prometo não tocar mais neste assunto, até para não criar polémicas desnecessárias:

1 – Não pense que é um martírio consultar este blog. Aliás, penso que todas as iniciativas como esta têm o seu valor, tal qual o blog da AJFB, que, por vezes, também leio;
2 – A minha opinião quanto ao seu desconhecimento sobre a realidade dos jornais terceirenses mantém-se. Veja que os nossos matutinos são jornais regionais, meu caro, tal como o jornal “O Monchique”, das Flores, ou o de Miranda do Corvo, de Touriz, do Fundão, de Ovar ou de outra localidade qualquer, que não os grandes centros. Como tal, não têm condições nem estrutura para ter uma secção desportiva profissional, até porque não são, por vocação, jornais desportivos. Daí os jornalistas desportivos serem “amadores”. Coloco a palavra amadores entre aspas pelo simples facto de o jornalismo não ser a sua profissão, mas muitos deles cumprem a sua missão como se de verdadeiros profissionais se tratassem;
3 – Ninguém falha intencionalmente. Você tem a possibilidade de emendar os erros que encontra nos seus textos, mas nos jornais isso não acontece. Depois de estar na rua, nada mais há a fazer;
4 – Opinião e Informação. Penso que é correcto separar os alhos e os bogalhos quando se trata de “crónicas” e “notícias”. Das “crónicas” nunca se pode separar a opinião, pois retratam aquilo que o repórter considerou ser determinado jogo ou acontecimento. Ou seja, a sua opinião. “Notícias” não passam de notícias e servem para informar. Não podem conter a opinião de quem as redige, pois, assim, estaríamos a influenciar a opinião pública. Servem para informar. Existem outros espaços para influenciar. É errado misturar notícias com opiniões próprias e quem o faz, faz mal. Dou-lhe um exemplo: quando um jornalista noticia o final do contrato entre o Governo Regional e a Transmaçor (só para fugir ao desporto), não pode, a meio da peça noticiosa, dizer se acha bem, ou se acha mal.
5 – Se nunca pensou que uns “'textozitos' fossem mexer com tanta gente”, eu também nunca pensei que um comentáriozito fosse originar resposta tão extensa.

Os jornais, no plano da informação desportiva, fazem o que podem e não queira compará-los com os grandes diários desportivos nacionais. Não há comparação.

P.S.: Volto a frisar: é muito mais cómodo escrever, criticar, comentar ou opinar quando se está no anonimato.

Luís Almeida
 
Meu caro,
Não desculpe a falta de qualidade ou falta de exigência de quem deve, devido ao provincianismo. Devido a essa mentalidade retrógada é que nos mantemos na cauda de Portugal. É imperativo lutar pelo "lugar ao sol". O sucesso não nasce debaixo das árvores nem cai do céu. É necessário estar no lugar certo à hora certa.
É inconcebível para um jornal, mesmo com a estrutura que o Diário Insular tem, fazer uma edição diária apenas com desporto. Pode dizer que é para dar folga aos restantes jornalistas, mas mesmo assim, penso que é muito pouco por parte de um matutino que cresceu imenso desde o que era até à decada de oitenta e mesmo à de noventa em comparação com o que é hoje em dia.
Quanto à correcção de falhas, este "blog" é um projecto de uma única pessoa enquanto que num jornal, uma notícia para ser publicada deveria, penso eu, passar pelo coordenador e ainda pelo director. Logo, muitos mais olhos a corrigir e a trabalhar para que o jornal seja considerado fidedigno de ser lido.
Quanto ao misturar opinião e informação, meu caro, é exactamente isso que se vê na grande maioria das reportagens jornalísticas, informativas ou não.
O seu comentario mereceu a resposta que teve porque:
1.º- o seu próprio comentário foi o maior comentário deixado aqui neste "blog", não contando com os meus, claro;
2.º- Porque o senhor tem o estatuto de jornalista, o que me faz presumir que seja uma pessoa com algumas capacidades de intelecto acima da média. Infelizmente, isso não se comprovou por alguns manifestos azares nas suas respostas.
E por fim, gostaria de saber onde foi buscar a presunção de que eu havia comparado o Diário Insular "com os grandes diários desportivos nacionais"!?... Pense no que diz e no que escreve, corrija tudo o que está mal e só depois publique, meu caro.
 
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