View Today's Cartoon
Free Daily Cartoon by Bravenet.com

24 de maio de 2007

 

Estrangeirismo!

A questão que está a gerar mais polémica em toda a entrevista do presidente da Associação de Jovens da Fonte Bastardo, Sr. Vitalino Fagundes, é a crítica à inscrição de atletas estrangeiros nas equipas ditas profissionais ou semi-profissionais.
É certo que a AJFB tem sido muito criticada pelo excesso de estrangeiros na sua equipa, mas todas as outras também. Aqui, neste "blog", cheguei a criticar o facto de CDCP Juncal jogar com dois estrangeiros numa equipa de 3 ou 4 atletas... Provavelmente terá sido alvo de elogios o Lusitânia APM porque nesta época, a escolha do plantel foi exímia e não merece qualquer reparo quanto à qualidade dos atletas, excepto talvez o Jim Clements que não correspondeu.
Qualquer equipa que atinja um determinado patamar, não pode pensar mesmo em manutenção com uma equipa de apenas açoreanos. Viu-se o exemplo dos Antigos Alunos que nem conseguiram a manutenção na A2. O atleta açoreano está ainda muito longe, em termos qualitativos, dos atletas do continente e estrangeiros. E algumas excepções reforçam a regra, como é o caso de Veredas, que andou na luta pelo título de melhor marcador da 2.ª Divisão(Apenas faço referência a atletas terceirenses, mas poderia falar de mais sendo grande parte deles de S. Miguel), Miguel Pinheiro, mas que raramente joga, e toda a equipa de futebol sénior do SCAngrense que venceu tudo e todos a nível regional.
Um clube não pode contratar atletas estrangeiros só por serem estrangeiros. Senti em vários jogos da AJFB que o Miguel Pinheiro faria melhor que alguns caso lhe dessem a oportunidade. E num universo de 12 atletas, há 2 açoreanos/3 portugueses. Percentualmente, apenas comparável com a CDCP Juncal. E verdade seja dita, muitos deles nem deveriam ter vindo. Das saídas, apenas deixa saudade o Kléber, apesar de ter passado boa parte do tempo lesionado. O atleta nacional é mais caro e com esta primeira contratação(atleta jovem, português e internacional), dá-me a impressão que haverá reforço orçamental esta época.
Seria importante acertar mais nas contratações em vez de um reforço orçamental.
A ver vamos...
Cada vez mais concordo com o controlo rigoroso do número de atletas estrangeiros a jogar numa equipa, mesmo no escalão máximo de qualquer modalidade. Ter 7 brasileiros, 1 chileno, 1 canadiano e 3 portugueses não fez este clube jogar melhor voleibol.

Comentários:
O voleibol ao contrário por exemplo do basquetebol tem um problema grave que é o facto de não haver alguém na Federação a pensar efectivamente o desenvolvimento da modalidade.
Anualmente são alteradas regras ao bom sabor de interesses que claramente não são os do voleibol.
Concordo com a limitação de estrangeiros, mas não tenham dúvidas que (no voleibol e nos próximos anos) isto ia trazer um decréscimo de qualidade nos campeonatos.
No voleibol trata-se a não limitação de estrangeiros como uma fonte de rendimento para a Federação e as Associações.
Por exemplo não podemos pegar nos melhores atletas sub-21 de Portugal e po-los todos na mesma equipa e depois obrigar as equipas a jogarem com um sub-21, porque isto não desenvolve o referido jogador.
Não concordo nada com a questão do atleta açoriano ter menos qualidade do que o continental.
Ao atleta açoriano, aliás como todo o açoriano em geral, puseram uma ideia na cabeça: SOMOS MAUS E PRECISAMOS DE AJUDA PARA TER AS COISAS.
O atleta açoriano não tem é disponibilidade nem aposta no desporto, porque os que o fazem a 100% têm sucesso, veja-se alguns exemplos (e desculpem ser exemplos só da minha ilha):
- Carlos Silveira no voleibol;
- João Botelho no futebol;
- Nuno Carvalho no Judo;
Esta época na divisão A2 não vi muitos jogadores com qualidade muito superior aos da minha equipa. O que vi foi outra garra, postura e entrega no jogo, qualidades que nos últimos jogos a minha equipa finalmente mostrou, mas que já era tarde.
Talvez o feitiço se tenha virado contra o feiticeiro, ou seja, nos Açores foram criadas condições para as nossas equipas que não se vêem em nenhuma parte do país, nomeadamente no que diz respeito a instalações desportivas, apoios oficiais, horários de treino e condições para fazerem parte da equipa, o que infelizmente criou um sentimento de facilitismo e desresponsabilização.
Não preciso de esforcar-me, porque tudo vai ser-me dado.
Sabiam que no continente o jogador "perde" 4 horas para ir treinar (contando com 1 de deslocação para cada lado), que muitos pagam para jogar, que nas deslocações os jogadores têm de contribuir com dinheiro, que treinam em pavilhões sem condições (muitos dos quais nós jogamos neles e por isto temos conhecimento) e a horas completamente impróprias?
Talvez por isto quando chegam dentro do campo parece que comem os tacos do pavilhão, que estão sempre no sítio certo e que têm sorte porque a bola bate sempre num e vai para o ar.
É que eles estão lá porque querem e gostam e têm prazer e disponibilidade mental para lá estarem.
Gostava de fazer aqui um parentisis nesta questão de ter jogadores açorianos nas equipas açorianas.
Isto é uma demagogia e histeria.
Nas equipas séniores não pode haver preocupações de formação. Tem que existir preocupação de resultados.
Em nenhuma modalidade em nenhuma campeonato importante existe qualquer preocupação em ter jogadores locais, porque interessa é ter os melhores.
Aliás é uma perfeita falásia as pessoas dizerem que querem é açorianos nas equipas, porque se estes lá estiverem e não aparecerem os resultados os adeptos são os primeiros a criticar e abandonar o barco.
O trabalho importante que tem de ser feito é ao nível da formação onde todos temos de investir para dar a mentalidade e qualidade necessária para que o atleta açoriano quando chegar a sénior seja uma aposta tão ou mais válida do que outro atleta qualquer. Neste momento a forma como a nossa formação está a ser trabalhada nos Açores não permite isto.
Para além disto todos os que estão por fora das modalidades têm também que mudar a sua mentalidade e forma de apoiar, porque não foi pelo facto dos Antigos Alunos terem equipas só com açorianos que sentiram ou receberam mais apoios quer nas bancadas, quer na carteira (LOL).
Por isto considero uma discussão estéril esta dos atletas açorianos.
Voltando à questão dos estrangeiros e do voleibol, considero que a Federação deveria ter muito mais cuidado com a atenção a disponibilizar à formação e às divisões inferiores, porque isto permitia alargar a qualidade a outras cidades e outros jogadores, alargando assim a base de captação e desenvolvimento da modalidade.
Não é por uma equipa estar numa 2ª divisão que não merece o mesmo respeito que uma que está na A1 e quando falo em respeito é por exemplo haver árbitros isentos que não sejam da Associação da equipa da casa, haver delegados da Federação que façam uma avaliação das condições oferecidas nos jogos, na própria A1 ser dado o mesmo tipo de atenção por parte da Federação a um jogo entre o 10º e 12º e o 1º e 2º, porque ambos estão a jogar voleibol e o desenvolvimento de uma modalidade não se faz só em 3 ou 4 jogos, mas ao longe de todas as jornadas e por todas as equipas.
Mas para isto é necessário que quem está à frente das coisas esteja preocupado com o voleibol e não consigo, com A ou com B.
 
Estes exemplos que deu, tal como eu dei os terceirenses, apenas comprovam a regra.
Quando falo no atleta açoreano, falo no geral. A média de qualidade é baixa. É certo que em Portugal continental há muitas mais pessoas, muitos mais atletas e só devido a este grande número é que aparecem tantos. Aqui, nos Açores, não trabalho de formação suficiente nem aptências físicas para ir muito longe e viu-se isto no jogo SCAngrense-SCLusitânia deste fim-de-semana. Atletas muito melhores individualmente, os do SCL, mais altos, mais fortes, mais possantes, enquanto que o SCA jogava com o coração, a vontade de ganhar.
 
Já agora, que falam tanto de voleibol, poderiam me indicar onde ir buscar 7 ou 8 jogadores açoreanaos de 2.00m para jogar voleibol, obrigado.
 
Mic ...... esse desporto na Terceira abrandou ou quê ??


Não me digas que cedeste a eventuais pressões....


Força
 
lol
 
Boas caros amigos do desporto!!!!
Concordo e discordo de algumas afirmações feitas no post. No meu entender, é dificil ter uma equipa só de jogadores açoreanos (Desportos colectivos), porque devido às nossas caracteristicas fica sempre a faltar algo, geralmente altura. Um outro factor aqui a ter em conta é a pouca população e a sua dispersão pelas mais diversas modalidades. Assim, torna-se necessário recorrer ao mercado nacional (continente) ou estrangeiro, o que não é necessário é contratar jogadores para postos especificos onde nos Açores há pessoas em condições de os fazerem e bem. A politica de formação dos clubes açoreanos também deixa algo a desejar, pois especifica-se desde muito cedo em postos especificos que no futuro nunca poderão ser desempenhados por esses desportitas. Tudo bem, foi necessário em determinado escalão, mas deverião sempre passar também pelo posto especifico que eventualmente irão fazer em séniores. Com isto quero dizer que um central (andebol) em juvenis, certamente será um ponta em séniores (alto nível) e um poste (basquetebol) será provávelmente um extremo. Estas são situações que têm de passar a ser previstas.
Tenho de discordar completamente com a afirmação de que nos açores não há bons desportistas. Há sim senhor e comparativamente ao continente talvez até à mais. Como já referi anteriormente, somos poucos e a praticar muitas modalidades. Geralmente um bom desportista é assediado por muitas modalidades, mas só realizará uma a bom nível. Se somos poucos e com muitas modalidades restam dois ou três bons desportistas em cada modalidade. Por exemplo se nos açores só se joga-se voleibol, podem querer que teriamos uma excelente selecção pois o jogador alto do basquetebol faria parte da equipa, bem como o estratega do futebol e o melhor rematador do andebol com o melhor passador do voleibol. Certamente seria uma boa equipa, mas nem todos jogam a mesma modalidade.
Assim, torna-se necessário equilibrar planteis, com jogadores de fora, o grande problema é quando não trazem nada de novo a não ser os 2 metros e tal de que pouco valem. Os jogadores de fora têm de fazer a diferença e serem uma referencia para os mais novos, por a ver também aprende-se e muito.
Até à próxima!!!!!
 
Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]





<< Página inicial

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Subscrever Mensagens [Atom]